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Transição do fim da adolescência para a vida adulta é tema de espetáculo em Ipanema


Bia de Queiroz (Foto: vinicomfritas)

A transição da vida de adolescente para a adulta costuma trazer dúvidas a todas as pessoas. A partir dessa vivência, a atriz Bia de Queiroz escreveu o espetáculo “Insucessos de Uma Vida Quase Adulta”, em cartaz no Teatro Cândido Mendes, com ingressos a partir de R$20 (meia entrada). Com direção de Stella Maria Rodrigues, a peça pode ser vista até 25 de março.


Helena, a personagem interpretada pela artista, vive esse momento – a peça a acompanha entre os 19 e os 25 anos. “A família e a faculdade cobram uma ideia de credibilidade, um amadurecimento, mas ela não sabe como e quer entender o que é ser adulta de um dia para o outro. Isso não acontece na vida, mas só entendemos isso depois de um tempo, principalmente nessa época que a tecnologia faz tudo ser na hora. Enquanto passamos por essa etapa, queremos tudo ‘para ontem’, mas a vida não acontece desse jeito. Para conquistar algo, demora um tempo”, avalia Bia, que se viu nessa situação após se formar na CAL, em 2018.


“Eu tinha 21 anos e cheguei naquela fase do ‘e agora?’. Estava precisando de dinheiro, de um monte de coisas, e me veio a ideia de falar sobre essa ansiedade em dar certo”, lembra, mencionando que as redes sociais proporcionam uma sensação de comparação com os sucessos expostos pelos outros. “Há uma ideia de ‘a vida de todo mundo está ótima, por que estou nesse limbo?’”.


Na visão de Bia, o segredo para o sucesso nessa etapa da vida é a calma para resolver todas as situações. “Tem que dar tempo ao tempo. Acho que isso é a grande chave da questão. Quando a gente reconhece o próprio caminho, dá certo, já que fazemos as escolhas sem afobação”. A própria atriz precisou esperar para conseguir desenvolver o espetáculo conforme desejava: foram quatro anos trabalhando nele. “Tudo era novo. Fui adquirindo experiência na prática e só consegui porque fui com calma”. Por isso, a atriz acredita que o público irá se identificar com a personagem. “As pessoas que já passaram por essa fase irão se reconhecer e as que ainda não pensarão em como vai ser”.


A direção fica a cargo de Stella Maria Rodrigues, por quem Bia não poupa elogios. “Eu já a admirava”. O contato entre as duas se deu pelo iluminador teatral Paulo César Medeiros, amigo em comum de ambas. “Logo de cara, ela amou a peça e está sendo um processo muito bonito porque a Stella é uma pessoa que te abraça, te deixa à vontade para experimentar, mas ao mesmo tempo, tem bagagem e isso me ajuda muito. É muito doido porque quando comecei a escrever, não tinha a mínima ideia de quem iria dirigir. Ela foi um presente! A Stella é um acontecimento: ela não chega de qualquer maneira; chega chegando. Quando alguém a vê em cena, entende o furacão que é”.


Serviço: Temporada até 25 de março | Teatro Cândido Mendes (Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema) | Horários: sábados, às 22h | Duração: 50 minutos | Ingressos: R$40 e R$ 20 (meia) | Vendas: www.sympla.com.br | Capacidade: 103 espectadores | Acessibilidade: sim | Gênero: comédia | Classificação: 12 anos

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