Entre 25 de agosto e 11 de setembro, passaram pelo Parque Eduardo VII, em Lisboa, cerca de 772 mil visitantes na maior edição da Feira do Livro de Lisboa de todos os tempos. Foram 961 chancelas editoriais presentes, distribuídas em 340 pavilhões. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) informou um aumento considerável do número de jovens dos 18 aos 24 anos, totalizando 37% dos visitantes. Foram também muitos os que visitaram a exposição pela primeira vez: 22% nunca tinham ido ao evento.
A feira entregou uma programação cultural variada, com cerca de 2,3 mil atividades pensadas para todas as idades. Desde a abertura das portas até ao fim de cada dia, entre cinema, concertos, sessões de autógrafos, workshops, debates, conferências, lançamentos de livros, jogos com crianças, showcooking e muito mais, as propostas não deixaram ninguém indiferente e os visitantes encheram, diariamente, os vários auditórios e palcos espalhados por toda a feira.
A Rede Sem Fronteiras (RSF) apresentou uma comitiva de 95 autores solo brasileiros e lusófonos, 20 a mais que o ano passado, representando assim mais de 20 países. Na edição deste ano, o grupo homenageou autores como Marta Santos, de Angola, que não pôde estar presente, mas que foi representada por suas obras e ministrou palestra sobre sua cultura na programação virtual; Carlos Cardoso, de São Tomé e Príncipe, que, além de ministrar palestra, fez uma belíssima performance ao lado do músico Tonecas Prazeres, com repertório de músicas e poesias são-tomenses; e Lagartixa Okonhoko Npasmadu (André Mendes), de Guiné-Bissau, que, além de ministrar palestra sobre sua cultura, reuniu o maior público da programação de auditório com a apresentação de música, ritmos e danças guienenses, com grupo performático. A RSF ainda recebeu como convidado especial James McSill, um dos consultores de história mais bem-sucedidos do mundo, reconhecido e elogiado pelo seu vasto trabalho na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. Na ocasião, McSill ministrou duas conferências e autografou seus livros. A programação foi transmitida pelas redes sociais do grupo, com audiodescrição e interpretação em Libras.
Este ano, ao visitar o pavilhão da RSF, o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou o fato de a cada ano haver um grupo maior na comitiva de autores, mostrando-se impressionado. Em sua companhia, estava o Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moeda, que reconheceu a Rede Sem Fronteiras como uma entidade de realização de intercâmbios entre Brasil e Portugal. Ambos receberam de presente das mãos da presidente da entidade, Dyandreia Valverde Portugal, o volume 7 da Coletânea Literária Lusófona Internacional Sem Fronteiras pelo Mundo e o Catálogo Vitrine Literária Lusófona, com a maioria dos autores participantes.
A 92ª edição do evento teve a Ucrânia como convidado de honra, com um pavilhão dedicado ao país e programação e oferta literária personalizada. Além disso, a Feira de Livros de Lisboa, no âmbito da campanha “Doe os seus Livros”, uma parceria da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) com o Banco de Bens Doados (BBD), arrecadou 65.200 livros.
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