Thayssa Rodrigues
Com duas enormes cúpulas que imitam o espaço, o Planetário da Gávea é capaz de transportar seus visitantes ao universo das galáxias oferecendo-lhes informações astronômicas e divertimento. As sessões são assistidas em confortáveis poltronas reclinadas, para que o público consiga observar o céu projetado no teto do local com a sensação de estar imerso no espaço. Além disso, o ambiente possui uma área externa, chamada de Praça dos Telescópios, equipada com modernos equipamentos para observação de astros no céu, feita de forma precisa e imediata, juntamente com uma equipe de astrônomos da fundação. A instituição abriga, ainda, o Museu do Universo e uma espaçosa biblioteca com diversos títulos dedicados ao tema e espaço para leitura. Com mais de 40 anos de funcionamento, o lugar segue encantando aos visitantes de todas as idades. A história do Planetário da Gávea começou em 19 de novembro de 1970 quando foi apresentada a primeira sessão da cúpula, nomeada como "Primeiro passeio ao espaço sideral". A atração fez sucesso rapidamente e, já no primeiro mês, somou 12 mil espectadores. Na mesma época, a construção da Autoestrada Lagoa- Barra e do Túnel Rebouças facilitou a chegada da população ao bairro e aumentou, ainda mais, as visitas a instituição. Com isso, a equipe do local passou a desenvolver uma programação mais diversificada, dividida por idade, para agradar o público e oferecer informações científicas de acordo com a capacidade de assimilação de cada faixa etária. Além dos filmes, capazes de reproduzir o céu com perfeição, outra atividade passou a agradar os frequentadores. Duas vezes por semana, astrônomos acompanhavam os interessados a uma pequena praça composta por mini cúpulas equipadas com modernos telescópios programados para focar diferentes objetos no céu (atualmente os equipamentos são capazes de localizar cerca de 64 mil astros, além de fotografá-los sempre que desejado). Entre os anos de 1975 e 1979, algumas atrações musicais passaram a animar o Planetário, aliando ciência e cultura em eventos nomeados como "Encontros de choro" e "Concerto com as estrelas". Alguns anos depois, já na década de 1980, grandes nomes da música popular brasileira passaram por lá, dentre eles, Dorival Caymmi, Ivan Lins, Alceu Valença e Carlos Lyra. Na mesma época, uma pesquisa revelou que, até então, meio milhão de pessoas já haviam visitado o Planetário, comprovando a aceitação do público as diversas atividades propostas. Ainda em 1980, o local inovou uma vez mais e passou a oferecer cursos, a fim de ensinar noções de astronomia, sem restrições de nível de escolaridade. As aulas de identificação do céu são oferecidas até hoje e auxiliam os alunos a perceberem as constelações e entenderem os fenômenos celestes. No ano seguinte, o espaço ganhou uma visita ilustre, de fama internacional, a Dr. Mae Jamilson, primeira astronauta negra da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço). Em 1990, o sucesso da instituição já era mais do que comprovado e, por ano, o lugar chegava a receber 100 mil pessoas, totalizando sua capacidade máxima. Para permitir um maior fluxo de visitantes e melhorar, ainda mais, sua proposta de ser um instrumento de divulgação de astronomia e ciência, a instituição iniciou um projeto de ampliação e modernização de suas instalações. Assim, quatro anos depois, em 1994, estava pronto o primeiro esboço do que viria a se tornar o Museu do Universo, um espaço lúdico e interativo. O local foi inaugurado em setembro de 1998, em um prédio anexo, que abriga, também, a Sala de Observação Solar, o Centro de Documentação e Informação Tecno Científica e as Oficinas de Atualização de Professores e de Iniciação Científica. Em 2000, o espaço destinado ao museu passou por uma reformulação conceitual, liderada por um grupo de consultores científicos. A iniciativa marcou a celebração de um convênio com o Conselho Nacional de Pesquisas (CNpq). Após as mudanças oriundas dessa parceria, algumas exposições importantes foram incluídas no roteiro do local, dentre elas "Êxodo", do premiado fotógrafo Sebastião Salgado. Um ano depois, mais um projeto musical estreou na instituição, a série "Música nas Estrelas", que era composta por um recital de música clássica tocado dentro da cúpula enquanto projeções eram realizadas, permitindo que o público ouvisse o som enquanto admirava as estrelas. Atualmente a atividade foi reformulada, é chamada de "Astros em cena" e recebe grandes nomes da MPB. Em 2005, ano comemorativo dos 35 anos de sua fundação, o Planetário lançou o projeto "Dormindo com as estrelas", que encanta as crianças até hoje. Trata-se de uma noite em que um público, composto por crianças com idades entre sete e 11 anos, dorme no museu acompanhado por instrutores. Eles participam de diversas atividades no local, que se transforma em um grande acampamento lunar. O ano de 2009 foi dedicado a modernização de todos os sistemas operacionais que englobam as atividades oferecidas, trocando a tecnologia analógica para a digital. Atualmente, o espaço segue mantendo a fama conquistada ao longo de mais de quatro décadas de existência e oferece o que há de melhor no estudo da astronomia, transmitida de forma interativa, lúdica e divertida. Para saber mais sobre a programação e conferir os horários de funcionamento de cada setor, ligue para o telefone (21) 2274-0046 ou visite o site http://www.planetariodorio.com.br
Dica: Lembre-se de levar um agasalho, pois a temperatura média dentro das cúpulas de projeção é de 18 graus.
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