"Cores e Formas da Esperança", assim é chamada a nova exposição promovida pelo Projeto Ilhas do Rio para celebrar a importância e a beleza do Monumento Natural das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras) e as águas do entorno da Unidade de Conservação Federal do Rio de Janeiro, que há um ano entrou para a seleta lista de "Pontos de Esperança", da renomada instituição global Mission Blue. Reunindo 15 imagens de cinco diferentes fotógrafos, a exposição fica em cartaz de 12 a 23 de outubro, no salão do Forte de Copacabana, com entrada franca para os visitantes do local.
Reconhecidos pela Mission Blue, aliança internacional liderada pela dama da conservação marinha, Dra. Sylvia Earle, os chamados "Pontos de Esperança" (Hope Spots) são locais cientificamente considerados como estratégicos para a saúde do oceano, isto é, que possuem uma rica e importante biodiversidade, e necessitam de atenção. O levantamento das pesquisas feitas pelo Projeto Ilhas do Rio abriu os olhos do mundo para este cartão-postal carioca, que costumamos avistar de diversos pontos da cidade, como a orla de Ipanema. Ao serem estudadas a fundo, sob critérios científicos, foram registradas mais de 650 espécies de animais e plantas, entre elas, algumas raras, endêmicas e inéditas para a ciência.
Diferente das exposições anteriores, que procurava ressaltar a importância da biodiversidade das ilhas, agora, a ideia é mostrar a beleza cênica do MONA Cagarras e as águas do entorno (que vai desde as praias da Zona Sul carioca, como Leblon e Copacabana, até a região da entrada da Baía de Guanabara, incluindo a Ilha de Cotunduba e Praia Vermelha), através de imagens impactantes, que destacam a variedade de cores, formas, luzes e texturas encontradas na região.
Para isso, foram selecionadas 15 imagens registradas pelas lentes de profissionais que há anos frequentam a região e possuem uma relação íntima com o lugar. "Para essa exposição, escolhemos cinco fotógrafos parceiros do projeto que pudessem mostrar os diferentes ângulos, cores, formas, texturas e emoções que as ilhas e as águas do seu entorno escondem, trazendo o sentimento de emoção desse ponto de esperança tão especial para a nossa cidade e para o mundo", explica Aline Aguiar, coordenadora técnica do Projeto Ilhas do Rio.
Flagrantes como o salto de um golfinho, feito pela pesquisadora Liliane Lodi, ou o close de uma estrela do mar, registrado pelo olhar atento do premiado fotógrafo subaquático, Áthila Bertoncini, são alguns exemplos do que o visitante pode encontrar. Tem também o momento único de aves voando sob o céu alaranjado tiradas pelas lentes do biólogo Fernando Moraes; a beleza das montanhas do Rio vista por entre as ondas pelo olhar do surfista e fotógrafo, João Ricardo Januzzi; além do encontro no mar com uma tartaruga com o Pão de Açúcar como pano de fundo pelo olhar do jornalista Caio Salles.
A exposição "Cores e Formas da Esperança", que conta com o apoio do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana e do estúdio Arte Photo, faz parte das ações do Projeto Ilhas do Rio para sensibilizar a sociedade sobre a importância das Ilhas Cagarras e do litoral do Rio de Janeiro. O projeto é realizado pelo Instituto Mar Adentro sob curadoria técnica do WWF-Brasil, e conta com os mantenedores Associação IEP e JGP, e patrocínio master Credit Suisse.
São parceiros institucionais o ICMBio, Museu Nacional/UFRJ, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Colônia de Pescadores de Copacabana Z13.
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