A história de Copacabana está associada à construção de uma igrejinha que ficava no lugar onde, atualmente, existe o Forte de Copacabana. O que muita gente não sabe é que esse não é o único templo religioso que fi cou no passado . Confira outros que não resistiram à passagem do tempo:
Capela de Nossa Senhora de Copacabana
Essa sim seria a primeira. Ocupava o exato endereço da mencionada acima, mas sabe-se que em 1732, já estava em ruínas, o que indica construção muito antes dessa data. A igreja homônima foi erguida em substituição a este espaço.
Igreja de Nossa Senhora de Copacabana
Foi a que entrou para a posterioridade como a que deu nome ao bairro. Teria sido erguida em 1742, após uma promessa do frade Antonio do Desterro. Sua administração foi rejeitada pelos monges beneditinos e pelo Convento do Carmo, o que levou o Seminário de Nossa Senhora da Lapa a assumir o templo. Em 1811, passou a ser gerida por particulares, que deixaram o prédio quase em ruínas. Foi reformado após visita do imperador D. Pedro II, em 1858, e reinaugurada em 1883. Nesse período, ganhou um chafariz – o primeiro da região – e um coreto. Co-existiu com o Forte de Copacabana durante quatro anos, mas foi demolido em 1918.
Capela de São José
Existia no século XIX, ainda que as datas de construção e demolição sejam uma incógnita. Jornais da época apontavam que ficavam na altura da Ladeira do Leme. Possivelmente era em algum terreno mais próximo da orla: em entrevista ao jornal O Globo em 1968, o compositor Gastão Lamounier lembrou que ela ficaria no terreno onde, mais tarde, foi erguido o Copacabana Palace, apesar de fotos antigas não mostrarem nenhuma construção ali. Foi o endereço usado como escritório para a comercialização dos primeiros terrenos em Copacabana.
Capela da Nossa Senhora do Sena
Talvez o espaço religioso menos conhecido do bairro. Praticamente não há informações sobre ele. Nem o endereço é conhecido. Sabe-se, entretanto, que estava de pé em 1914, quando era listada pelos jornais da época como local de uma missa realizada às 19h30m.
Capela do Bonfim
Surgiu após uma rixa entre os devotos de Senhor do Bonfim e a Irmandade responsável pela igreja da Praia de São Cristóvão, o que levou os fieis, majoritariamente funcionários dos trapiches, a fundarem a Irmandade do Senhor do Bonfim de Copacabana, em 1892. Era uma pequena capela de madeira com dois andares e que foi erguida com doações. Quando a Empresa de Construções Civis, que loteava o bairro, comprou todo o quarteirão, doou aquele pedaço à Mitra.
A construção serviu de sede para a Paróquia de Nossa Senhora de Copacababa e Santa Rosa de Lima, criada 8 de setembro de 1908. Nessa altura, a capela já estava pequena demais para a população crescente do bairro, o que levou à sua demolição possivelmente no ano seguinte.
Igreja Matriz do Bonfim
Erguida a partir de 1909 no lugar da capela mencionada acima, possuía a fachada em estilo néo-gótico e era acompanhada de um hospício e um cemitério de padres. No altar lateral, uma imagem de Nossa Senhora Auxiliadora simbolizava Nossa Senhora de Copacabana, uma vez que a única imagem desta no Brasil estava em uma propriedade particular. Em 1943, uma grande festa marcou a chegada de uma segunda Copacabana, adornada com fios de cabelo naturais e fiel à original, boliviana, diferente da primeira, que tinha traços lusitanos. Foi demolida na década de 1970 para a construção da Paróquia de Nossa Senhora de Copacabana e Santa Rosa de Lima.
Capela de Nossa Senhora de Copacabana (Igrejinha do Forte)
Foi construída em 1953 em um terreno do Exército na Rua Francisco Otaviano, exatamente ao lado do Forte – não havia sequer muro dividindo os espaços nos primeiros dois anos. Já saiu do papel como algo temporário: em sua inauguração, em 24 de outubro, o projeto da igreja que a substituiria no mesmo endereço foi apresentado. Nesta data, a imagem de Nossa Senhora de Copacabana que ficava na igrejinha do século XVIII voltou ao público. Foi demolida em 1975, quando a Igreja da Ressurreição, no mesmo logradouro, a substituiu.