Em cartaz até 12 de setembro, a mostra “Portinari Raros” apresenta trabalhos desconhecidos do artista e que, por motivos diversos, ficaram escondidos dos olhares do público. As pinturas apresentadas trazem temas variados como fauna, flora e muito mais e podem ser vistas gratuitamente no Centro Cultural Banco do Brasil.
Divididas em várias salas, as obras mostram, repetidamente, a Brodowski da infância do pintor, mas sua vivência no Leme inspirou muitos trabalhos no qual a vista pro mar lhe serviu de inspiração. Em um dos mostrados, além de o artista pintar o calçadão, ele mostra até uma das tradicionais festas de Iemanjá, que, futuramente, deram origem ao réveillon de Copacabana.
A seção que traz estudos de cartazes produzidos pelo artista durante o Estado Novo é uma das que mais chama a atenção do público, já que mostra uma faceta desconhecida da maioria. O destaque fica por conta de um trabalho desenvolvido em 1942 e que mostra uma suástica pingando sangue enquanto faz sombra sobre o Brasil, em uma crítica direta ao nazismo que dominava a Europa.
Apesar do peso destes trabalhos, outros mostram um Portinari leve, como sua participação no balé Iara, encenado pelo Original Ballet Russe em 1946 e cujos figurinos foram assinados pelo paulista, assim como os cinco painéis que compunham a cenografia. São expostas também naturezas-mortas (que contrastam com as figuras robustas que costumava produzir), telas abstratas e outras pinturas raras de seu acervo, inclusive outra versão de sua obra-prima, “Café”, essa datada de 1938, três anos depois da famosa, que pode ser vista na instalação “Carrousel Raisonnée”, que reúne aproximadamente 5 mil obras do artista em uma grande projeção.
Serviço: Portinari Raros | Até 12 de setembro | Local: Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeira de Março, 66 – Centro) | Entrada grátis mediante retirada de ingresso na bilheteria do local ou no site Eventim.
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