Roberto Burle Marx, um dos mais proeminentes paisagistas do cenário brasileiro, foi conhecido por diversos trabalhos não só no Brasil, mas em todo o mundo. Em 1949, adquiriu, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, um sítio de mais de 360 mil m² com uma capela e uma antiga casa de fazenda, ambas do século XVII, em busca de um local onde pudesse repousar e passar tranquilamente os últimos anos de sua vida. Hoje, o local é um reduto de quietude e beleza que pode ser admirado pelo público.
Aos seis anos, Burle Marx começou a colecionar espécies vegetais típicas da flora brasileira. Uma vez formado paisagista pela Escola Nacional de Belas Artes, passou a caracterizar seus trabalhos pela priorização de temas nacionais ante a tradição de afrancesamento da arquitetura e do paisagismo. Na década de 1940 comprou, junto ao seu irmão Sigfried, a propriedade em Barra de Guaratiba. Lá, encontrou espaço para a sua coleção de plantas brasileiras, que conta com mais de 3.500 espécies e é considerada uma das mais importantes do mundo.
A casa e a capela do século XVII, dedicada a Santo Antonio, passaram por profundas reformas, mas permaneceram com suas características originais na arquitetura. Nos jardins é possível ver o trabalho das mãos talentosas do paisagista. Antes de falecer, Marx cedeu o sítio ao Iphan com a intenção de que após a sua morte, a propriedade se mantivesse conservada e servisse como um laboratório para estudantes de paisagismo, botânica e outros cursos. Em 2000, o Iphan tombou o lugar como Patrimônio Histórico.
O sítio é aberto ao público, através de visitas guiadas agendadas com antecedência, em que o visitante é levado através dos jardins magníficos e do museu que reúne obras de artesanato popular e de autoria do próprio paisagista, além de peças do barroco.
A igrejinha celebra missas todos os domingos e é freqüentada nessas ocasiões por locais, e no dia de Santo Antônio, realiza uma grande festa em homenagem ao santo.
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