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Rua do Lavradio


Rua do Lavradio
Rua do Lavradio

A Rua do Lavradio foi aberta em 1771, pelo Marquês de Lavradio, declarado vice-rei em 1769, que construiu sua residência lá, inaugurando, assim, uma das primeiras ruas residenciais da cidade do Rio de Janeiro. Essa casa permanece de pé até hoje, na esquina da Rua do Lavradio com a Rua da Relação e pertence à Sociedade Brasileira de Belas Artes. Durante os séculos XVIII e XIX, a rua se caracterizava por seu caráter residencial, abrigando figuras de destaque do cenário brasileiro da época, como Duque de Caxias, o Marquês de Cantagalo e o ator João Caetano. Na casa do Marquês de Cantagalo, hoje funcionam o restaurante Cantinho do Senado, na parte térrea e no andar superior, o Hotel Horizonte. O casarão já recebeu como hóspede o imperador D. Pedro I, após ter sofrido um acidente em que quase perdeu a vida. O logradouro também ficou conhecido por abrigar muitos teatros. No final do século XIX contabilizava seis construções com esse fim. Algumas dessas casas eram o Theatro Circo, de 1876, o Theatro Edem-Lavradio, de 1895 e o Teatro Apolo, onde hoje se encontra a Escola Municipal Celestino da Silva. A derrocada do local veio após as reformas de Pereira Passos, quando perdeu suas características nobres. Durante o século XX, a Lapa se tornou reduto da boemia carioca, mas através dos anos, foi negligenciada e sofreu com a ação do tempo, até captar novamente as atenções ao passar a fazer parte do Corredor Cultural do Rio Antigo. Hoje, a Rua do Lavradio é um dos principais destinos da noite carioca e apresenta muitos bares com propostas diferenciadas, como o Rio Scenarium, que vale a pena conhecer. Durante o dia, apresenta muitas lojas de antiquários, fora a feira do Rio Antigo que acontece uma vez por mês. A rua é, ainda, onde se encontra instalada, desde 1949, a sede do Jornal Tribuna da Imprensa, que teve Carlos Lacerda como seu primeiro editor. Foi foco de grandes polêmicas, devido às divergências existentes entre o jornalista e Getúlio Vargas. No casarão número 97, desde 1842, fica o Palácio Maçônico Grande Oriente do Brasil, que teve como primeiros grão-mestres, D. Pedro I e José Bonifácio de Andrada da Silva. A entrada principal é enfeitada por duas grandes esfinges de bronze e o saguão tem piso de mármore e é decorado com uma estátua de mármore de Carrara que mede mais de um metro de altura e representa a caridade. Porém, essas belezas não são abertas à visitação.

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