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Nascer do sol a bordo de prancha de stand up paddle é a nova moda em Copacabana


(Foto: Divulgação)

Uma nova atividade tem atraído jovens ao Posto 6 da Praia de Copacabana ainda nas madrugadas: assistir o nascer do sol de dentro do mar, a bordo de pranchas de stand up paddle. Os encontros acontecem já há alguns meses, mas no verão, têm atraído centenas de pessoas simultaneamente. O Jornal Posto Seis acompanhou uma dessas saídas, a convite da tenda SUP Copa (situada em frente a Joaquim Nabuco), para conferir o motivo de tanto sucesso.


“O nascer do sol no stand up já é praticado há muitos anos, mas somente agora virou uma febre”, analisa o instrutor Daniel Andrade, responsável pela atividade. “Em média, atendemos cerca de 50 pessoas por dia”, calcula. O grupo é acompanhado por cerca de 15 profissionais, que se dividem entre instruir os iniciantes, cuidar dos pertences deixados na areia e fotografar o público. “Todos têm muita experiência no mar. A maioria é surfista e está sempre pronta, atenta para se antecipar a qualquer imprevisto”.


Na data que a equipe do Jornal Posto Seis conferiu a atividade, o público, em sua maioria, era composto por jovens na faixa dos “20 e tantos” anos e todos que conversaram com a equipe de reportagem foram unânimes: estavam ali por terem visto vídeos no TikTok de outras pessoas que estiveram lá. “Achei legal e procurei o contato. Hoje é meu aniversário, queria fazer algo diferente”, comentou Mirella Maturo, que levou o namorado Vinícius Marques para comemorar no mar. “Espero ver o sol nascer bem laranja!”.


A ideia de como seria o visual atraiu gente que veio de longe, como a paulista Letícia Calisto, que veio ao Rio com amigas. “Queríamos inovar”, explica, informando que os passeios considerados “basicões” já eram conhecidos. “Viemos procurando algo novo”. Outra participante, Paloma Vital, também se deslocou de longe para assistir ao espetáculo da natureza. “Vim de São Gonçalo porque amo ver tanto o nascer quanto o pôr do sol. Quando vi no vídeo o céu todo laranja, achei lindo!”.


Na ocasião, o público começou a chegar na tenda do SUP Copa por volta das 4h20m. Nesse horário, uma enorme quantidade de pranchas – talvez centenas - já estavam dispostas na areia, prontas para os frequentadores escolherem as que desejavam usar. Após se identificarem para os responsáveis pela atividade, os participantes podiam comprar capas resistentes a água para proteger os celulares e também guardar pertences no guarda-volumes. Após uma breve apresentação sobre como se posicionar em cima das pranchas, o uso do remo e como chamar alguém em situação de emergência, os funcionários do espaço ajudaram cada um a entrar na água, levando os equipamentos e passando todos pela arrebentação. Nesse momento, quem desejasse usar colete salva-vidas (obrigatório a todos que informaram não saber nadar) já estavam equipados.


Poucos se aventuraram a ficar em pé na prancha nesse começo, quando a sensação de flutuar sobre as ondas pode causar estranheza em um primeiro momento. Não demorou até os primeiros raios de sol ficarem visíveis e logo o céu clareou, proporcionando o espetáculo aguardando por todos, mas que foi apenas o começo da atividade. Após o raiar, já com o céu claro, o grupo continuou na água, contemplando a visão de Copacabana jamais vista por quem nunca se afastou tanto da orla do bairro. Alguns aproveitaram para mergulhar e se refrescar, mas a maioria continuou remando dentro da zona delimitada pela equipe responsável, produzindo um cenário que remetia a um carrinho de bate-bate de parque de diversões. Em meio ao público, profissionais da tenda ofereciam fotografias a todos, imagens estas enviadas para todos por meio de um link do Google Drive, preservando a qualidade de todas. Em paralelo, um drone também registrava imagens aéreas, como as que ilustram essa reportagem.


O retorno à areia foi tão organizado quanto a entrada. No horário que todos deveriam voltar, os instrutores anunciaram que todos deveriam remar em direção à barraca do SUP Copa. Perto da arrebentação, a orientação mudava: uma quantidade específica de remadores poderia continuar, enquanto outros deveriam aguardar a chegada deles, que, ao alcançarem a área rasa, eram instruídos a sair das pranchas, era carregadas para a areia pelo funcionário responsável por receber aquela pessoa na parte com ondas – naquele dia, bastante calmas.


“Atendemos todos os dias, exceto quando as condições do mar e o tempo não estão bons”, explica Daniel, divulgando que, além do nascer do sol, a SUP Copa oferece também um passeio destinado a quem não gosta de acordar cedo: o pôr do sol na Lagoa. “A vista é incrível para a Pedra da Gávea, o Morro Dois Irmãos, o Cristo Redentor, a Rocinha e o Vidigal”, promete.


Para o público, a experiência foi positiva: “Esperava que o céu tivesse mais limpo, mas foi muito lindo”, elogiou Thaís Souza. “Foi muito bom, amamos! Quero de novo!”, complementou Mariana Duarte, que acompanha amigas que vieram passar férias no Rio.

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