top of page

Mauro Franco lança novo livro de suspense psicológico

Mauro Franco com seu novo livro, "Memórias da Ponta do Dragão"
Mauro Franco com seu novo livro, "Memórias da Ponta do Dragão"

Com uma narrativa densa, simbólica e introspectiva, o escritor Mauro Franco lança seu novo livro “Memórias da Ponta do Dragão”, à venda na plataforma Uiclap. Ambientado em uma ilha isolada, a história acompanha um velho caiçara em um mergulho psicológico profundo, onde memórias, delírios e símbolos se misturam, tendo o mar como cenário e espelho da alma. Autor de títulos como “Conversa de Botequim”, “Tempo Incerto” e “Marimbás do Posto 6”, ele agora adentra um universo psicológico mais profundo, onde o mar é tão presente quanto o próprio protagonista. Nesta entrevista, Franco fala sobre inspirações, processos criativos e o desafio de dar vida a um romance que transita entre realidade, delírio e memória.


Como nasceu a ideia de Memórias da Ponta do Dragão?

Durante uma expedição de caiaque pelo litoral do Rio e de São Paulo, passei por ilhas quase desertas, habitadas apenas por alguns pescadores. Em uma delas, havia uma ponta erma, temida pelos navegadores. Imaginei como seria viver ali, isolado, dependendo apenas de si mesmo. Foi o ponto de partida para a história.


O mar é quase um personagem no livro. Qual é o papel dele na narrativa?

Para um caiçara, ele é tudo: sustento, estrada, companhia. No livro, o mar não é apenas cenário, é um espelho da mente e da solidão do protagonista.


Você costuma escrever de forma planejada ou deixa a história fluir?

Uso as duas abordagens. Planejo, pesquiso, escrevo rascunhos. Mas quando começo a narrativa, ela ganha vida própria, e meu papel passa a ser ajustar o texto para que siga o rumo planejado.


Como foi equilibrar a densidade psicológica da narrativa com uma linguagem acessível?

Foi um desafio. Queria um personagem com medos e traumas profundos, mas também com coragem e autonomia. Pesquisei o complexo de Édipo para entender melhor essas camadas. Escrevi de forma natural, deixando a linguagem fluida, quase como uma conversa íntima com o leitor.


Qual foi o maior desafio durante o processo de criação?

Separar realidade de fantasia. Precisei voltar ao enredo várias vezes para que o final deixasse espaço para a interpretação de cada leitor.


Houve momentos em que pensou em desistir ou reescrever tudo?

Desistir, não. Reescrevi várias vezes até chegar ao equilíbrio que eu buscava.


No livro não há nomes dos personagens e as descrições físicas são mínimas. Por quê?

Foi proposital. A ideia é que cada leitor crie sua própria imagem dos personagens e se aproxime deles de maneira única.


Como este livro se diferencia de seus trabalhos anteriores?

São momentos diferentes. Cada livro reflete uma fase da vida. Este é mais introspectivo, com uma profundidade psicológica que os outros não exploram tanto.


Sua vivência no Rio de Janeiro influencia suas narrativas?

Totalmente. Sou carioca e conheço a cidade em detalhes. Gosto de resgatar memórias e culturas que estão se perdendo. Memórias da Ponta do Dragão é também um resgate da vida simples dos caiçaras, de um tempo em que a vida era menos acelerada.


Qual livro está na sua mesa de cabeceira hoje?

Meu Nome é Emília del Valle, de Isabel Allende.


Quais são seus próximos projetos?

Estou escrevendo um romance policial ambientado em Copacabana, do final do século XIX aos dias atuais. Ele mistura a história do bairro com a ambição de uma família sem limites, refletindo uma cidade que cresceu valorizando mais o dinheiro do que as pessoas.


Quando pretende lançá-lo?

Ainda não há data certa, mas provavelmente no início de 2026.


Clique aqui para adquirir o livro.

 
 
 

Comentários


bottom of page