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Igreja de Santa Luzia


Igreja de Santa Luzia, no Centro do Rio
Igreja de Santa Luzia

Trata-se de uma das igrejas mais antigas da cidade. Tem sua origem em uma capela de madeira erguida em 1519, no mesmo lugar, para celebrar o casamento do navegador português Fernão de Magalhães com a jovem Luzia, moradora do Morro do Desterro (posteriormente renomeado como Morro do Castelo e demolido no início do século XX). Pouco tempo depois, em 1565, o navegador Estácio de Sá trouxe ao Brasil a imagem da santa que dá nome ao templo, em homenagem à noiva e por causa da irmandade de Santa Luzia, fundada seis anos antes. A atual construção começou a ser datada de 1752. O acesso era feito por pequenos becos que saíam do Largo da Misericórdia, na Ponta do Calabouço (nomeada dessa forma devido à Prisão do Calabouço, para escravos faltosos, localizada no interior da Fortaleza de São Tiago da Misericórdia - onde hoje se situa o Museu Histórico Nacional). No entanto, os caminhos eram estreitos demais, o que impossibilitava a passagem de carruagens. Por isso, em 1817, o regente D. João VI ordenou a abertura da Rua de Santa Luzia, que saía da praça e margeava o mar até chegar no Convento da Ajuda (onde atualmente é a Cinelândia). O motivo do novo acesso era uma promessa feita pelo rei, que deveria ir até o templo agradecer a cura da doença que seu neto, o infante D. Sebastião, tinha nos olhos. Originalmente, localizava-se na orla, em frente à já aterrada Praia de Santa Luzia. O afastamento do oceano aconteceu após uma série de aterros, o que justifica o posicionamento torto em relação à Avenida Presidente Wilson, que, quando foi aberta, era um prolongamento da Avenida Beira-Mar, projetada pelo prefeito Pereira Passos (1902 - 1906).

Sua arquitetura foi bastante modificada com o passar dos anos. Sua fachada, em estilo jesuítico, foi alterada no século XIX, quando a paróquia foi ampliada. Na ocasião, foram construídas duas torres neoclássicas. Em seu interior, as talhas e o altar foram confeccionados nesse período. Posteriormente, na década de 1960, foram feitas obras que recuperaram os aspectos coloniais da parte interna.

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