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Copacabana ganha espaço que apresenta o universo marinho aos visitantes


O Instituto Mar Urbano inaugurou, em agosto, um endereço fixo na Colônia de Pescadores Z13. O local, chamado Espaço Azul, foi montado para apresentar o universo marinho ao público e questionar o impacto do ser humano na biodiversidade. A ideia é que a mostra ocupe o espaço por um longo período de tempo, engajando o maior público possível.


“A gente veio para ficar e usar esse espaço para servir de referência à Década do Oceano, decretada pela ONU e pela Unesco. Pretendemos que o espaço seja a comunicação entre o carioca com a cultura de mar”, observa o diretor do Instituto Mar Urbano, Ricardo Gomes, que comemora a parceria com a Colônia de Pescadores: “São os pescadores que estão na linha de frente vendo a poluição pelo plástico, a diminuição dos estoques pesqueiros…”. A observação desses profissionais no dia a dia vem sendo aproveitada até em pesquisas científicas e seus nomes, creditados nos estudos.


“Aquela pessoa que está em contato com aquele meio ambiente todo dia tem muito a contribuir. (Na Z13). São 30 pescadores cadastrados que podem ser 30 cidadãos aliados à ciência, coletando dados. Quem faz as pesquisas da UFRJ ou da UERJ não está presente no mar todos os dias. Os pescadores estão. Eles recolhem lixo que vem na rede de pesca. Também informam novas espécies de peixes que, às vezes, aparecem e não são comuns dali. O estreitamento dessa parceria também joga luz naquele ponto, mostrando a importância de manter uma colônia centenária de pesca artesanal em um dos pontos mais importantes do Rio e do Brasil inteiro”.


Essas pesquisas são realizadas em parceria com universidades diversas, como a USP, a Uni-Rio, a UERJ e a Santa Úrsula. Esta montou um aquário de cavalos marinhos que está instalado no Espaço Azul, mas que apesar da beleza, não está ali apenas para ser contemplado. “Eles nasceram em cativeiro e não podem ser levados à natureza, mas fazem parte de um banco genético de cavalos marinhos da Baía de Guanabara e servem para pesquisas, que já estão em andamento. Não é só um aquário ‘para inglês ver’; tem um propósito científico. Não explorar os animais foi uma preocupação nossa. Vai contra a proposta do instituto”, esclarece.


O público também pode conferir exposições temporárias montadas para cumprir o propósito de educação e conscientização ambiental. A atual, “Subperfície” reúne imagens de autoria de Gomes e do fotógrafo Custódio Coimbra. Os dois fizeram registros da Baía de Guanabara e, na mostra, expõe diferentes pontos de vista, evidenciando a necessidade de preservação. A exibição conta com patrocínio da empresa OceanPark, que faz pesquisas oceanográficas e combate desastres ambientais no oceano.

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