Muitos condomínios localizados na Barra da Tijuca vêm investindo na formação de grupos de canto entre os seus moradores. A atividade, que se intensificou com a chegada da pandemia, mobiliza pessoas de todas as idades que se apaixonaram pela arte de cantar, além de ser um excelente exercício de socialização que ajuda a harmonizar os relacionamentos entre os condôminos. O coordenador da Cipa Síndica, Bruno Gouveia, revela que os ensaios semanais ajudam a distensionar o isolamento provocado pela Covid-19, criando um ambiente de confraternização vital para toda a comunidade.
- Os participantes se envolvem de uma forma bastante intensa. São grupos bastante disciplinados, que aliam essa força lúdica da música com a integração de um canto feito em grupo, que requer uma troca entre todos. Acaba virando um exercício de socialização que reverte muito positivamente para o condomínio - explica Gouveia.
Muitos moradores, mesmo há décadas no mesmo edifício, mas que jamais tiveram contato com seus vizinhos, passaram a ter uma relação mais próxima com os demais. Esse estreitamento tem gerado laços de amizade entre alguns condôminos, proporcionando maior empatia interna entre todos.
O coral do condomínio Nova Ipanema, por exemplo, é comandado pelo maestro Eduardo Morelenbaum. O grupo, formado por 80 moradores de diversas faixas etárias, ensaia uma vez por semana. Eles contam ainda com acompanhamento de instrumentistas. Além de fazerem apresentações em datas como o Dia das Mães, já participaram, antes da pandemia, de festivais de música em Teresópolis, São João Del Rey e Juiz de Fora.
- Quando você trabalha música, exercita a concentração, a respiração, a voz, a postura e a respiração, por exemplo. São funções que ajudam na saúde das pessoas - diz Morelenbaum.
A existência de corais em diversos condomínios vinha gerando, antes da pandemia, encontros dos grupos. Além do Nova Ipanema, contam com corais, entre outros, o Novo Leblon, o Atlântico Sul, o Barramares e o Rio2.
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