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Parque Nacional da Tijuca


Cascatinha Taunay, na Floresta da Tijuca

O Parque Nacional da Tijuca abrange um conjunto de quatro setores, a saber, Floresta da Tijuca, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca e tem sua gestão compartilhada entre o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro. Sua extensão cobre cerca de 3,5% da área do município e seu ponto mais alto é o Pico da Tijuca, que se eleva a 1.022 metros acima do nível do mar. Historicamente, a região do Parque era ocupada por índios das tribos Tupi e Tamoio. Contudo, a partir do século XVI e ao longo dos séculos XVII e XVIII deu-se início a ocupação da região pelos europeus, e desde então começou também a exploração do seu ambiente natural em função dos cultivos de cana-de-açúcar, café, extração de madeira, entre outros. As intensivas atividades conduziram à degradação do terreno, ao risco de deslizamentos e à ameaça dos mananciais. Para remediar a situação, em 1861, o então imperador D. Pedro II, em uma atitude pioneira de preservação, deu início a um processo de reflorestamento da área, que recuperou sua exuberante cobertura vegetal, remanescente até os dias de hoje. A ação do monarca originou a primeira e maior floresta secundária urbana do mundo. Em 1967, um decreto de lei instituiu o nome atual do parque e em julho de 2004, seus limites expandiram em 39,51 metros quadrados, com isso, sua extensão total soma 3.953 hectares. O parque possui quatro setores possíveis de serem acessados a pé e até certos pontos de bicicleta, ônibus, motocicleta ou carro. Dos quatro, apenas um não pode ser visitado, mas nos demais é possível aproveitar a natureza ao máximo. Isso pode ser feito em trilhas, caminhadas, escaladas, banhos de cachoeira, contemplação, além de outros inúmeros atrativos. Para chegar à estátua do Cristo Redentor, localizada dentro dos limites do Parque, é possível valer-se de um trem que se inicia no bairro do Cosme Velho. Na área do Mirante Dona Marta o visitante tem a possibilidade de contratar um vôo de helicóptero, que oferece uma vista panorâmica de toda a extensão da reserva. Os acessos aos demais setores e suas respectivas atrações vêm a seguir: A) Floresta da Tijuca - O portão principal está localizado na Praça Afonso Vizeu, Alto da Boa Vista e seu acesso é feito pela Estrada do Alto. A Cachoeira das Almas, lugar em que é possível tomar banhos, fica a uma distância de aproximadamente 3km desse portão. Próximo à cachoeira está o Mirante do Excelsior, com nome referente ao romance homônimo de Longfellow, possui bancos para se descansar e uma vista privilegiada da Zona Norte e da Baía de Guanabara. O Pico da Tijuca e o Pico do Papagaio são excelentes opções para trilhas, consolidando-se como os dois destinos deste setor mais procurados para tal fim. O primeiro, é o ponto mais alto do Parque e uma referência carioca na prática de montanhismo. Uma antiga senzala foi transformada e hoje dá lugar ao restaurante A Floresta, para os que apreciam degustar um bom prato em meio à natureza. A Cascatinha Taunay é uma das mais famosas atrações desta área. Duas trilhas levam os visitantes através da floresta: A Trilha Circular Interna Castro Maya, com extensão de 12km, é feita em dois dias e percorre vários marcos do Parque, como Playground da Capela Mayrink, que constitui o ponto de partida, passando pelo Centro de Visitantes, Barracão, a Cachoeira das Almas, Restaurante A Floresta e Ruínas do Midosi, Circuito das Grutas, Ruínas da Fazenda e o Restaurante Esquilos, que termina o primeiro dia. O segundo dia passa pelo Jardim dos Manacás, Cova da Onça, Açude da Solidão, Ruínas do Almeida e Hípica, retornando para a Capela Mayrink; a segunda trilha é a Trilha Circular Externa Major Archer, é feita em quatro dias de caminhada, se inicia no portão da Praça Afonso Vizeu e segue em direção ao Excelsior, passa, ao longo do seu trajeto, por atrações como a Pedra do Conde, Morro do Anhanguera, Mirante do Excelsior, Pico da Tijuca, do Papagaio, Morro da Taquara, Museu do Açude e Mirante da Cascatinha. B) Serra da Carioca - O acesso a esse setor pode ser feito pelo bairro de Santa Teresa (Rua Almirante Alexandrino), pelo Alto da Boa Vista (Rua Amado Nervo), ambas em direção ao Corcovado e às Paineiras ou pelo Jardim Botânico (Rua Pacheco Leão em direção a Vista Chinesa). Essa parte do parque abriga o monumento mais importante para o carioca, o cartão postal do Rio de Janeiro, o Corcovado e o Cristo Redentor. No caminho para o Cristo, na estrada das Paineiras - que possui muitas fontes nas quais os visitantes podem se refrescar - está localizado o Mirante Dona Marta, com uma vista detalhada e fascinante da cidade. Para os que buscam uma bela paisagem, ainda pode-se acrescentar a Mesa do Imperador e a Vista Chinesa que oferece uma deslumbrante paisagem, apreendendo a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Zona Sul. Ainda dentro dos limites do setor, estão as construções históricas do Hotel Paineiras e do Parque Lage. C) Pedra Bonita e Gávea - As principais atrações desse lugar são os seus picos e trilhas que reúnem muitos curiosos e esportistas. A Agulhinha da Gávea apresenta uma caminhada curta, mas com alguns pontos acidentados, seus paredões são muito procurados por escaladores. A Pedra Bonita possui uma rampa de voo livre, frequentada por praticantes do esporte e por aqueles que procuram voos de instrução. A Pedra da Gávea chama atenção pelo seu formato, possui trilhas muito procuradas e encostas rochosas que a consolidaram como um ícone da prática do montanhismo. O acesso é feito através de três caminhos. Pedra Bonita: onde está a rampa de voo de asa delta e o acesso do Pico Agulhinha, pela Estrada das Canoas, até chegar ao Caminho da Pedra Bonita. Pedra da Gávea: pela Estrada Sorimã, na Barra da Tijuca. D) Covanca/Pretos Forros - Este setor é uma zona de recuperação que não é aberta à visitação. A simples presença no seu interior implica em multa. O Parque foi completamente reflorestado com espécies nativas, entre elas, é possível citar o murici, ipê-amarelo, ipê-tabaco, jequitibá, cedro, canelas, orquídeas e bromélias. Foram catalogadas 1619 espécies vegetais, das quais, 433 ameaçadas de extinção. Devido às intervenções que a floresta sofreu ao longo do tempo, a fauna perdeu um pouco de suas características originais, tendo recebido novas espécies. É possível encontrar numerosos insetos, cobras, aves como beija-flores, gaviões, saíras, mamíferos como sagüis, macacos-prego, guaxinins, caxinguelês, entre outros. São 328 espécies catalogadas, sendo 16 ameaçadas de extinção. O Parque Nacional da Tijuca é um dos tesouros não só do carioca, como também do brasileiro em geral. É um destino de 2 milhões de pessoas todos os anos e considerando sua variedade de belezas naturais e também as esculpidas pelo homem, entende-se que não é à toa. Mais informações sobre horários de funcionamento e visitas a cada setor em: http://www.icmbio.gov.br/parnatijuca/guia-do-visitante.html ou http://www.corcovado.org.br/servico.php .

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