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Palácio Pedro Ernesto


Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia
Palácio Pedro Ernesto

O Palácio Pedro Ernesto é a atual sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O prédio, erguido em 1923, complementa o conjunto arquitetônico da Cinelândia, formado também por outras construções públicas como o Theatro Municipal, Biblioteca Nacional, o Centro Cultural Justiça Federal e o Museu de Belas Artes. Seus detalhes atraem a curiosidade dos visitantes, que desde 2011 têm acesso gratuitamente ao seu interior. O endereço tinha uso político desde 1896, quando o Paço Municipal, localizado no Campo de Santana, precisou de obras urgentes. Ali funcionava o Conselho de Intendência Municipal há quatro anos. Com isso, a função foi transferida para o antigo prédio do Escola de São José, erguido em 1871 em parte do terreno do Convento da Ajuda, que ocupava a área da atual Praça Floriano até 1911. A estrutura, de arquitetura gótica, fora desativada após a proclamação da República, quando a cláusula contratual que obrigava o ensino religioso foi rompida. Após alguns meses de funcionamento, o prefeito Furquim Werneck, através de um contrato com as freiras, legitimou o uso para fins políticos.

Em pouco tempo, a estrutura do colégio tornou-se pequena para os 24 intendentes municipais e seus 48 funcionários. Em 1910, foi realizado um concurso público que resultou no projeto de um novo prédio. Ele foi arquivado até 1918. No ano seguinte, o conselho foi transferido temporariamente para o Liceu de Artes e Ofícios, na Avenida Central (atual Rio Branco), enquanto a nova sede, projetada pelo arquiteto Heitor de Mello (morto nesse período) e desenvolvida por Archimedes Memória e Francisco Couchet (responsáveis também pela atualização da planta) era construída. O prédio foi inaugurado em 1923, três anos após a demolição da Escola de São José, sob o apelido popular de "Gaiola de Ouro", por causa do custo de sua obra: no total, foram gastos 23 mil contos de réis, mais que o dobro do que foi investido na edificação do Theatro Municipal. Sua fachada faz referências à arquitetura francesa do período entre os reinados de Luís XIV e Luís XVI. Em seu interior, há obras de célebres artistas, como pinturas de Eliseu Visconti, esculturas de José Otávio Corrêa Lima, além do vitral dos irmãos Carlos e Rodolfo Chambelland. As peças, complementadas com as esculturas, as claraboias, os vitrais e os afrescos, que, juntos, refletem a arquitetura da época. A nomenclatura atual - Palácio Pedro Ernesto - é uma homenagem ao prefeito Pedro Ernesto Baptista, que assumiu o cargo duas vezes (entre 30 de setembro de 1931 e 2 de outubro de 1934 e, depois, entre 7 de abril de 1935 e 4 de abril de 1936). Sua popularidade foi tão grande que, a partir de sua gestão, a população passou a frequentar o local para manifestações - até então, o prédio era associado à sua construção superfaturada, que não foi bem vista pelo povo. Entre 1937 e 1946, o Conselho foi fechado devido ao Estado Novo. Após sua reabertura, o plenário foi o cenário de fortes debates sobre temas como a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e a campanha pelo petróleo, que resultou na criação da Petrobrás. Nessa época, foi erguido o edifício anexo, no qual se situam os gabinetes dos vereadores. Com a construção de Brasília, em 1960, o Rio de Janeiro deixou de ser a capital federal e a casa foi transformada em Assembleia Legislativa. Após 15 anos, com a fusão dos estados do Rio de Janeiro e Guanabara, o endereço parou a sediar o Conselho, agora com o título de Câmara Municipal. O Palácio Pedro Ernesto oferece visita guiadas gratuitas a seu interior de segunda a sexta, das 10h às 15h. Elas podem ser agendadas pelo site da Câmara Municipal (http://www.camara.rj.gov.br). Para mais informações, o telefone é (21) 3814-2121.

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