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Escola Municipal Dom Aquino Corrêa é reformada por grupo de moradores



Um grupo de moradores se juntou para levar melhorias às escolas públicas da região. A primeira contemplada, Dom Aquino Corrêa, já foi beneficiada com a instalação de telas para impedir a entrada de pombos. A ação, chamada “Recreio Limpo”, já vem sendo executada e deve ser concluída ainda em maio. A ideia dos integrantes da Associação de Moradores Praça Cardeal Arcoverde (Amave) é, aos poucos, realizar pequenas mudanças na região. Em paralelo, o grupo também participa da campanha “A Fome Grita nas Ruas”, encabeçada pela Arquidiocese do Rio e que visa arrecadar alimentos para os moradores das comunidades de Copacabana e do Leme.


A demanda foi constatada pelo antigo presidente do grupo, que informou ao atual as necessidades da instituição de ensino, como pintura. “O pior problema era o dos pombos. Fomos lá e vimos a sujeira absurda. Eles entram por buracos voltados à praça e ficam no telhado da quadra. Pensamos que deveríamos solucionar na origem. Não adiantaria simplesmente limpar o chão, tínhamos que fechar o acesso. Depois vamos limpar e ficará uma situação controlada”, promete o presidente do grupo, Marcelo Costa, apontando que o espaço em questão atende também a Escola Municipal Alencastro Guimarães, endereço da sede da Amave.


Apesar da participação dos membros, a associação não pôde, como pessoa jurídica, contribuir com a intervenção: “Os colégios são grandes e os problemas, também. Entrei na presidência com uma vontade imensa de fazer trabalhos sociais e a maioria dos associados gostou da ideia, só que alguns não aprovaram porque o estatuto da não permitia esse tipo de doação”, aponta Costa, que continua: “Uma coisa é destinar um valor aprovado pelo conselho; outra é simplesmente anunciar ‘olha gente, tem uma campanha aqui, vamos participar?’. Com isso, um morador sugeriu que os outros, como pessoas físicas, agissem. A maioria dos interessados em contribuir realmente participou. O valor arrecadado não é alto, mas deu para concluir o objetivo. Saiu do bolso de cada um. Recebemos também umas redes de uma obra que está acontecendo em um prédio que vem sendo construído. Elas vão nos ajudar muito. Consegui também o material que precisava para começar, doado por um condomínio”.


Por mais que o trabalho resolva um problema, incontáveis outros ainda precisam ser solucionados. “Há vazamentos e infiltrações no prédio inteiro. Teria que ter um trabalho maior, com um valor muito mais alto, mas vamos tentar fazer um ‘trabalho de formiguinha’. Não temos a ambição de resolver tudo, mas solucionando os menores, podemos chamar a atenção do Poder Público”, acredita o presidente. De acordo com ele, houve quem se negasse a contribuir por serem escolas municipais. “Alguns associados apontaram que a responsabilidade é da Prefeitura, mas se dependermos dela, as coisas não vão acontecer. A partir do momento que dermos o pontapé inicial, o diretor da secretaria responsável vai olhar para a gente de forma diferente e nos enxergar como parceiros. Nosso maior intuito é fazer com que as pessoas entendam que nesse momento difícil de pandemia, estamos tentando proporcionar uma mudança nas pessoas”, conclui.


Além dessa ação, a Amave está participando da campanha de arrecadação de alimentos “A Fome Grita nas Ruas”, idealizada pela Arquidiciose do Rio, junto com os seguintes parceiros: Centro de Ação Comunitária (Cedac), Revigorante Café, Associação de Moradores dos Tabajaras e Cabritos, Babilônia e Chapéu Mangueira contra o coronavírus, FavelAção e Sindicato dos Trabalhadores em Telecom (Sinttel-Rio). As doações em forma de alimentos deverão ser entregues no Revigorante Café (Rua República do Peru, 444) ou em caixas nos condomínios participantes da associação e serão convertidos em cestas básicas; já as em dinheiro, depositadas na conta da Cedac, que reverterá o valor em quentinhas produzidas nas cozinhas comunitárias dos locais contemplados. . Mais informações podem ser obtidas com Nídia Blanco por meio do telefone 99811-9028. “Queremos mostrar que a associação pode oferecer mais. Não apenas terceirizou uma empresa de segurança que levanta e desce cancela. Dos cinco logradouros que temos aqui (ruas Assis Brasil, Otaviano Hudson, Maracanaú, Guimarães Natal e a travessa homônima a esta), apenas 60% dos prédios contribuem”, finaliza, na expectativa de que a adesão à ação de doação seja maior.

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