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Coluna "Turismo": Londres

(publicada na edição 510)

Já pensou em visitar Londres? A alta cotação da libra esterlina, comercializada por mais de R$5 nas casas de câmbio, faz muitos brasileiros descartarem a ideia, mas os que insistem nela se surpreendem, ao chegar na capital britânica, com preços baixos. Refeições na faixa das £5, galões de 5 litros de água por cerca de £1 e latas de refrigerante por aproximadamente £0,30 são alguns exemplos de como é possível ir à cidade sem desembolsar valores astronômicos, economia que também pode ser feita através das atrações gratuitas.


Diversos museus possuem entrada franca, como o British Museum. Ao adentrar na primeira sala de exposições, os visitantes se deparam com a Pedra de Rosetta, artefato de valor histórico incalculável devido à importância em pesquisas arqueológicas – graças a ele, foi possível tradução dos antigos hieroglifos egípcios. O acervo da instituição é imenso e abrange também peças de outras lugares da África, além de objetos gregos, romanos, assírios, chineses mexicanos e muitas outras culturas. Até mesmo um moai da Ilha de Páscoa, aquelas estátuas enormes, é exposto no local. Igualmente imponente, o National History Museum já impressiona no hall, onde fósseis de diversos animais, inclusive dinossauros, podem ser vistos. Em seu interior, há cinco enormes coleções (botânica, entomologia, mineralogia, paleontologia e zoologia), mas experiências como o simulador de um terremoto também atraem visitantes.

Pedra de Rosetta, no British Museum
Pedra de Rosetta, no British Museum
National History Museum
National History Museum

O Museum of London também merece atenção. O espaço conta a história da cidade desde a pré-história até os dias atuais, seguindo uma cronologia desde quando havia apenas pequenos povos isolados nas margens do Rio Tâmisa. As tragédias que atingiram Londres, como a peste negra, o incêndio de 1666 e as guerras mundiais também são lembradas. Os amantes das artes também apreciam muito a National Gallery, apontado por muitos como o museu mais importante da cidade. Trata-de da maior pinacoteca do Reino Unido, que reúne pinturas de nomes importantes como Da Vinci, Michelangelo, Van Gogh, Monet, Boticelli, Rembrandt, Cézanne, Velázques, Caravaggio, entre outros. A visita é essencial, assim como ao Albert and Victoria Museum, que reúne moda, fotografia, porcelanas e outras artes de até 5 mil anos atrás.

Museum Of London
Museum Of London

Outras atrações, como o Sky Garden (https://skygarden.london), também têm entrada franca mediante agendamento prévio. Esse arranha-céu mantém um bar em seu terraço, desenvolvido para servir de mirante. De lá, pode-se ver a London Eye, o estádio de Wembley, a London Tower, a London Bridge e diversos outros cartões-postais, além do The Shard, outro prédio com proposta semelhante, mas com ingresso pago. A principal diferença é que um está situado ao norte do Rio Tâmisa enquanto outro fica ao sul, o que faz diferenças sutis na vista – entretanto, no The Shard, o principal atrativo é a paisagem, que não encontra outro atrativo como concorrência.

Sky Garden
London Tower e Tower Bridge vistas do Sky Garden
Catedral de St. Paul vista do The View From The Shard
Catedral de St. Paul vista do The View From The Shard
Vista do The View From The Shard
Vista do The View From The Shard

Quem optar por pagar ingressos encontra muito mais atrações disponíveis, como a imperdível London Tower. Trata-se de uma fortificação medieval quase milenar em meio à cidade, onde funcionou uma prisão que recebeu desde reis até acusados de feitiçaria. O complexo também foi residência real por muitos anos e teve participação nas duas guerras mundiais – na primeira, era um quartel das tropas e na segunda, recebeu prisioneiros, além de ter partes atingidas em bombardeios. Ao seu lado, fica a famosa Tower Bridge, que, além de servir de passagem, também oferece visita guiada apresentando um pouco de sua história.

London Tower
Tower Bridge
Tower Bridge
Tower Bridge

Perto dali, há também a impressionante Catedral de St. Paul, que já foi a construção mais alta de Londres e que também resistiu ao grande incêndio de 1666 e à Segunda Guerra Mundial. Sua cúpula ainda é a segunda maior da Europa e é possível subir nela através de 528 degraus, que levam a outro mirante com vista panorâmica da região. A beleza do templo é tanta que não foi a toa que o local foi escolhido pelo Príncipe Charles para seu casamento com Lady Di. Outro espaço religioso que merece ser visitado é a Abadia de Westminster, essa escolhida pela Rainha Elizabeth para sua união com o Príncipe Philip e,mais recentemente, pelo Príncipe William e Kate Middleton, além de ter sido o endereço dos funerais de Lady Di e da Rainha-Mãe. Túmulos de figuras como Isaac Newton (ao lado de onde estão os restos mortais do físico Stephen Hawking), William Shakeaspeare e Charles Darwin são alguns dos que podem ser vistos em meio aos belíssimos detalhes arquitetônicos.

Abadia de Westminster
Abadia de Westminster
Abadia de Westminster
Abadia de Westminster
Catedral de St. Paul
Catedral de St. Paul
Catedral de St. Paul

Perto dali, fica o Palácio de Westminster, onde funciona o Parlamento Britânico. A fachada impressiona pela beleza, principalmente a parte onde fica a Elizabeth Tower. Nela, fica o enorme relógio conhecido como Big Ben, apesar de este ser o nome do sino instalado no interior da torre, que passa por obras previstas para serem concluídas em 2020. A visita guiada passa por algumas das salas mais importantes do espaço, reconstruído após um incêndio em 1834. Há poucos metros dali, a Churchill War Rooms. Os gabinetes usados na Segunda Guerra Mundial do primeiro-ministro Winston Churchill foram transformados em museu, permitindo que os turistas conheçam os bastidores daquele centro de comando.

Palácio de Westminster
Palácio de Westminster

Outro lugar perto é o Palácio de Buckingham, a residência real da monarca britânica. O espaço pode ser visitado apenas entre julho e setembro, quando a Rainha está de férias fora de Londres. Sua ausência torna o local apto para abrir suas portas ao público, que passa a conhecer os 18 cômodos da imponente construção. Outra moradia da realeza que também pode ser conhecida é o Castelo de Windsor, o mais antigo da Europa ainda habitado. Situado nas imediações da capital, é facilmente acessado de trem e por ainda ter moradores (inclusive a própria regente, que eventualmente está em seus aposentos enquanto os turistas desbravam as demais partes), possui apenas três áreas onde o fluxo de visitantes é permitido, o que não tira o brilho do passeio.

Palácio de Buckingham, com o pavilhão real expondo a presença da Rainha no momento da foto
Palácio de Buckingham, com o pavilhão real expondo a presença da Rainha no momento da foto
Castelo de Windsor
Castelo de Windsor
Castelo de Windsor
Castelo de Windsor
Guarda no Castelo de Windsor

O hábito de visitá-lo foi iniciado no período vitoriano, já que foi a Rainha Victoria quem abriu as portas do local ao público. O bicentenário de seu nascimento (em 1819) está sendo comemorado pelo Palácio de Kensington, onde nasceu e viveu seus primeiros 18 anos, quando foi coroada. Além da exposição definitiva narrando sua infância e adolescência, além do contexto que envolveu sua chegada ao trono, outra temporária (até 5 de janeiro de 2020) aborda aspectos de seu período como governante britânica, além de detalhes de seu casamento. O imóvel também relembra, através de objetos e roupas icônicas, outra antiga moradora ilustra: Lady Di viveu em um dos apartamentos.

Palácio de Kensington
Palácio de Kensington
Roupa da Rainha Victoria exposta no Palácio de Kensington
Roupa da Rainha Victoria exposta no Palácio de Kensington

Outro lugar que merece um dia inteiro é a região de Greenwich. O principal atrativo é o Royal Observatory, onde fica o meridiano que divide o mundo em oriental e ocidental e um museu explicativo sobre o processo de criação desse método. Entretanto, Greenwich possui também outros espaços imperdíveis como o National Maritime Museum, dedicado a contar a história marítima do mundo – perto dele, no parque, há uma placa homenageando as vítimas do Titanic, o que passa desapercebido pela maioria dos visitantes, e a Queen's House, com grande acervo de obras de arte.

Marca representativa do Meridiano de Greenwich, no Royal Observatory
Marca representativa do Meridiano de Greenwich, no Royal Observatory

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