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Coluna "Turismo": Chile (Ilha de Páscoa)

(publicada na edição 531)

A Ilha de Páscoa é um destino que povoa a curiosidade de muitas pessoas. O local, parte do território chileno, é presente na cultura popular graças aos moais, estátuas gigantes de pedra esculpidas pelo povo rapanui, os polinésios nativos daquele pedaço de terra. Que tal ir conhecê-los? A boa notícia é que apesar da distância (trata-se do local mais remoto do mundo), a Ilha de Páscoa é um território pequeno, que pode ser conhecido em dois, três dias. Por isso, considere visitar assim que possível!


As opções de lazer são restritas, mas bastante típicas da região, onde existem três vulcões inativos e apenas duas praias de areia. Como existem apenas duas estradas em toda a ilha, é impossível se perder nela. Por este motivo, muitos visitantes optam por alugar carros, cujas diárias custam quase o mesmo que os táxis por um passeio ida e volta. Há também agências oferecendo serviços a quem não dirige, o que pode ser uma boa escolha dependendo da programação.


Muitas atrações exigem a compra de um bilhete turístico que pode ser comprado no próprio aeroporto, mas muitos hotéis o incluem no valor da diária, então, é necessário consultar essa informação para avaliar se a aquisição será necessária. A maior parte da estrutura turística se concentra na parte oeste, onde fica a única cidade da ilha, Hanga Roa. É lá que ficam os hotéis, os restaurantes, as lanchonetes, os mercados, o hospital e tudo mais que pode ser necessário.

É ali que fica o Museu Antropológico Padre Sebastián Englert, que reúne peças arqueológicas e outros objetos. A visita ajuda a contar a história da ilha, tanto sob o ponto de vista geológico quanto cultural, o que pode ser interessante para apreciar os demais passeios. Após adquirir esse conhecimento, é hora de ir conhecer, de perto, tudo o que foi aprendido.


O vulcão Rano Kau é bastante perto de Hanga Roa, então muitos começam a aventura por ele. A montanha é situada nas imediações de Orongo, uma aldeia de grande importâncias nos antigos rituais dos rapa nuis e que foi reconstituída por arqueólogos. A beleza de sua cratera do Rano Kau: o acesso a ela se dá através de uma trilha, cuja subida demora cerca de 45 minutos. Suas lavas formaram, no passado, diversas cavernas como a Ana Kai Tangata, repleta de pinturas rupestres; Ana Te Pahu, com 7km de extensão e anteriormente, usada como moradia; Ana Te Pora, cujo acesso, pequeno, disfarça o tamanho enorme daquela antiga residência; e Ana Kakenga, onde foram formadas “janelas” que proporcionam a vista pro mar e para o belo pôr-dos-sol. Outro lugar para conhecer o modo de vida dos antigos moradores da ilha é Ahu Te Peu, onde, no passado, havia um vilarejo rapa nui.

Rano Kau (Foto: Bjørn Christian Tørrissen/Wikipedia)
Ana Kai Tangata (Foto: travelwayoflife/Wikipedia)
Ana Kai Tangata (Foto: Dan Lundberg/Wikipedia)

Os turistas costumam gostar também de visitar Ahu Tongariki, onde há 15 moais posicionadas lado a lado. No verão, a posição do sol, quando nasce, produz um verdadeiro espetáculo. Não é a toa que algumas agências realizam passeios para assistir ao fenômeno. Quem chega antes, entretanto, têm a oportunidade de assistir outro: o belo céu estrelado. Até a Via Láctea é visível dali, a olho nu, devido às condições propícias.

Ahu Tongariki
Ahu Tongariki

Ao lado, a Fábrica de Moais também atrai visitantes. Situada na encosta do vulcão Rano Raraku, que gerou pedras para as esculturas, é o local onde todas as mais de 900 estátuas foram feitas. Algumas ainda podem ser vistas em produção, pedras à rocha. Vá com calma, observe cada um em produção e vislumbre também a paisagem da cratera do Rano Raraku, onde, atualmente, há uma bela lagoa. É desse vulcão que se originaram as pedras que deram origem a cada uma das peças espalhadas pela ilha.

Rana Raraku (Foto: Paolop/Wikipedia)

Em outra parte do território, ficam as únicas praias de areia de toda a região. A maior, Anakena, é também a mais frequentada, já que é a única que possui estrutura como barracas, o que permite a compra de bebidas e comidas. A beleza do tom de azul do mar naquele trecho impressiona e, como era de se esperar, mais moais podem ser vistos. Caminhando por cerca de 20 minutos, chega-se à deserta Ohave, apreciada por seu estilo selvagem.

Anakena

Para chegar à Ilha de Páscoa, não há voos diretos saindo do Rio. É necessário fazer escala por Santiago. Muitos voos param, também, em outros aeroportos, o que faz a viagem ser bastante longa. Para garantir seu conforto, procure algum anunciante do Jornal Posto Seis e programe sua viagem!

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