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Centro Cultural Justiça Federal


Centro Cultural Justiça Federal, na Cinelândia
Centro Cultural Justiça Federal

O Centro Cultural Justiça Federal funciona em uma das construções históricas da Cinelândia desde 2001. O centenário prédio foi completamente restaurado ao público com uma vasta programação cultural que inclui peças, exposições, música, cinema, cursos e muito mais. Trata-se do único museu do Poder Judiciário no Brasil. Além disso, o próprio imóvel é um atrativo a parte. A casa foi inaugurada em 1909, quatro anos após o início de sua construção, no contexto da abertura da Avenida Central, após as obras de modernização da cidade promovidas pelo prefeito Pereira Passos. Na época, foi erguida para ser o palácio arquiepiscopal. Antes mesmo da sua conclusão, o cardeal D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti decidiu que o local não era adequado para essa função. Para atendê-lo, foi encomendado o Palácio São Joaquim, na Glória. Por isso, o edifício, de quase 6 mil metros quadrados, foi comprado pelo Governo Federal, o que gerou atritos entre o cardeal Arcoverde e o ministro do Supremo, Eduardo Pindaíba de Matos. O motivo da polêmica foi o valor oferecido pelo imóvel, já que a verba era pequena. Após a negociação, foi instalado ali o Supremo Tribunal Federal. Para isso, a arquitetura original, projetada por Adolfo Morales de los Rios em estilo eclético (a fachada remete ao classicismo francês, enquanto as janelas são góticas e as balaustradas, renascentistas), foi alterada e um novo andar foi acrescido. O prédio, que foi apelidada pela população de "Supreminho", teve a importante função de ser palco das principais decisões judiciais do país até 1960, quando a capital foi transferida para Brasília. Com isso, foi cedido à Justiça Estadual e passou a ser ocupada pelo Tribunal de Alçada do Estado durante 13 anos, quando se tornou a sede da Justiça Federal e da Procuradoria do Estado. A importância política foi interrompida em 1987, quando a edificação foi interditada pela Defesa Civil após a queda de parte do forro do saguão principal. Havia o risco de desabamento de toda a estrutura, que havia sido danificada com as obras do metrô, na década de 1970, e descaracterizada com a construção de um quinto andar, que foi demolido. Além disso, as madeiras dos tetos estavam impregnadas de cupins e as paredes haviam sido perfuradas para a instalação de aparelhos de ar condicionado. Após alguns anos de abandono, foram iniciadas as obras de restauração, que visaram garantir a integridade física da estrutura e a recuperação dos elementos decorativos, como grandes vitrais, que, dentre seus desenhos, trazem a deusa romana Iustitia (cujo nome deu origem à palavra "justiça") e o símbolo desse conceito; um painel do artista plástico Rodolfo Amoedo e portas de madeira esculpidas pelo português Manoel Ferreira Tunes. O destaque fica por conta da escadaria de ferro, típica do período da construção, que, com seus degraus de mármore carrara, em estilo art nouveau, conduzem os visitantes a uma viagem no tempo. Depois de sete anos de reparos, o Centro Cultural Justiça Federal foi inaugurado em 2011, apesar das visitas ao prédio terem sido liberadas em dezembro de 2000. Na época, foi considerada a maior restauração da América Latina, feita com base em plantas do Arquivo Nacional. Até o assoalho original da Sala de Sessões, de peroba e pau-roxo, foi conservado. Somente as pinturas das paredes não puderam ser recuperadas. As atrações são distribuídas em cerca de 20 salas, que se espalham entre os quatro andares e o sub-solo da imponente construção. A programação do centro cultural pode ser conferida em http://www.ccjf.trf2.gov.br. O espaço oferece também uma biblioteca, que funciona de terça a sexta, das 12h às 17h. Os interessados em conhecer o interior do palacete através de uma visita guiada devem entrar em contato através do telefone (21) 3261-2552.

Fonte: PAIVA, Anabela. "Rio ganha novo centro cultural". Jornal do Brasil, Rio de Janeiro: 25 de janeiro de 1998, caderno B, página 2. MARTINS, Ana Cecília. "Meritíssima cultura". Jornal do Brasil, Rio de Janeiro: 17 de dezembro de 2000, Caderno B, páginas 6 e 7. In: http://www.riodejaneiroaqui.com/pt/ccjf-rj.html In: http://www.ccjf.trf2.gov.br/espac/histor.htm In: http://jf.jusbrasil.com.br/noticias/973440/predio-do-centro-cultural-justica-federal-completa-100-anos-nesta-terca-feira-31 In: http://www.rioecultura.com.br/coluna_patrimonio/coluna_patrimonio.asp?patrim_cod=33

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