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Aparição de baleias em Copacabana encanta público


Baleia avistada da altura da Rua Siqueira Campos (Foto: Liliane Lodi / Projeto Ilhas do Rio)

As aparições de baleias na Praia de Copacabana movimentaram as redes sociais. Alguns exemplares foram registrados pela população até das janelas de seus apartamentos, surpreendendo pela proximidade com a areia, mas foram vistos também na Barra da Tijuca, no Leme, na Praia Vermelha e até na Baía de Guanabara.


“Nessa época, isso é comum porque elas estão em período migratório para a costa brasileira. Nesse ano, aconteceu em Copacabana, que é uma área badalada, com muita gente”, garante a bióloga Liliane Lodi, do Projeto Ilhas do Rio. De acordo com a especialista, as baleias buscam águas mais quentes para reprodução e nascimentos dos filhotes no período compreendido entre junho e setembro/outubro – entretanto, o Projeto Baleia Jubarte aponta que a temporada de 2021 teve início mais cedo, com avistamentos a partir de abril em Ilhabela.


O maior número de avistamentos é associado por Liliane ao crescimento da quantidade desses cetáceos: “Como a população de baleias que migram para o Brasil está em franca recuperação, obrviamente a tendência é as pessoas verem mais. É o que está acontecendo”. Ela ainda explica que esse movimento não é exclusivo das jubartes, ainda que sejam as únicas vistas pelo público: “Essa é uma espécie costeira. As outras são oceânicas, ou seja, passam muito mais para fora. Não há a oportunidade de enxergá-las da costa”.


A bióloga presenciou, pessoalmente, a passagem do exemplar que mais repercutiu na internet e se impressionou com a pouca distância em relação à areia: “Estivemos com a ‘baleínha’ de Copacabana. Era um filhote e estava muito próxima da praia. Tenho fotos que não dá para acreditar, era muito perto mesmo. Como Copacabana é movimentada, muita gente viu, inclusive o pessoal que pratica esportes náuticos”.


Naquela mesma manhã, outra baleia foi vista pelos remadores das canoas havaianas e a reação dos atletas, filmadas em um vídeo, foi elogiada pela especialista: “Vi as imagens, todo mundo parou. É isso que tem que ser feito. O que a gente sugere é ficar parado no local onde estiver, não tentar aproximações forçadas com os animais. É altamente desaconselhável! Se ocorrer de forma espontânea, ou seja, partindo delas, a melhor coisa é parar e aproveitar o momento. As aproximações dependem única e exclusivamente das baleias: se elas quiserem, vão chegar perto; se não quiserem, não adianta, e ainda vai estressar o animal”. Apesar disso, Liliane nega a possibilidade de reações agressivas: “São imensas, mas muito tranquilas”


Apesar da passagem por Copacabana, não é garantia que outras passem pela região ou que voltem pelo mesmo caminho: “A gente não conhece exatamente nem a rota de chegada nem a de saída. Elas estão no mar! Têm um espaço enorme para se locomover. Não existe padrão”, finaliza.

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