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Coluna "Turismo": Sudeste Asiático

(publicada na edição 429)

Templo de Wat Phra Kaew, na Tailândia, onde o Buda de Esmeralda é mantido (Foto: Ian Gratton/Wikipedia)

A alta do dólar fez com que muitas pessoas evitassem as viagens internacionais. Conhecer destinos tradicionais como os Estados Unidos e a Europa tornou-se caro para o bolso de muitas pessoas, mas o que muita gente não sabe é que conhecer outros lugares pode ser econômico. Uma ideia é conhecer o Sudeste Asiático, região rica em cultura, belezas naturais, história e muito mais a preços baixos. O valor da passagem pode assustar, mas eventualmente as companhias aéreas disponibilizam boas promoções para esses lugares – no ano passado, uma dessas oportunidades tornou possível adquirir ida e volta para Xangai, na China, por menos de R$2.300 – mas após arcar com esse custo, os demais gastos saem baratos para o bolso dos brasileiros.


O Sudeste Asiático situa-se entre o sul deste país e o leste da Índia, abrangendo outros países como Vietnã, Tailândia, Camboja, Indonésia, Singapura, Myanmar, Laos, Filipinas e Malásia. A extensa região é operada por diversas empresas “low cost”, permitindo que ela seja explorada de avião gastando pouco – pode-se inclusive ir de um país ao outro pagando o equivalente a R$100. Há diversas opções de hospedagem, desde as mais econômicas até as mais luxuosas, cujas tarifas são muito menores que hotéis do mesmo nível no Brasil. É importante viajar com calma: como a diferença de fuso-horário é muito grande, é necessário se adaptar a essa nova rotina nos primeiros dias.


Os fãs de belas paisagens logo se encantam pela área, com praias banhadas por mares de cores intensas que variam entre o verde-esmeralda e o azul-turquesa. No entanto, há muito mais para visitar, por isso, resista à tentação de gastar o tempo todo nelas, já que a parte urbana também é imperdível. Muitos prédios milenares são anteriores às civilizações europeias e fazem parte de uma história pouco estudada nos colégios.

Templos de Angkor Wat, no Camboja (Foto: TourismCambodia.com)

Cada local concentra atrações imperdíveis, mas algumas se destacam. No Vietnã, nem mesmo as guerras conseguiram tirar o brilho do país, que conserva ainda tumbas imperiais e o conjunto de templos da antiga religião Chan, que dominou a região entre os séculos II e XIII. Já a Tailândia possui mais de 400 dessas imponentes construções, como a do Buda de Esmeralda, o mais importante do país. No Camboja, os Templos de Angkor Wat são os favoritos dos turistas, ocupando uma área de 400 km² com forte significado religiosos tanto para os hindus quanto para os budistas. A Indonésia, tão afetada pelos tsunamis de 2004, mistura atrações como passeios de elefantes e visita a um vulcão à sua história, presente em lugares como o Templo Uluwatu, famoso pelos inúmeros macacos que ali vivem.

Templo de Uluwatu, na Indonésia (Foto: Deni Saputra/Flick)
Centro financeiro da cidade de Singapura à noite (Foto: chensiyuan/Wikipedia)

As construções antigas dão espaço à tecnologia em Singapura, o país mais “hi tech” da região. Aproveite para conhecer esse lado da Ásia que transporta a mente dos viajantes a grandes cidades como Nova Iorque devido aos enormes arranha-céus. Já a Malásia também apresenta ares futurísticos para os brasileiros com arranha-céus (como as Torres “gêmeas” Petronas, a dupla mais alta do mundo) e mesmo uma cidade administrativa construída inspirada nos moldes arquitetônicos de Brasília, Putrajaya. Outro passeio que precisa ser feito é a ida às Cavernas da Rocha, uma área de peregrinação hindu.

Torres Petronas, na Malásia (Foto: Jubei Kibagami/Flickr.com)
Planície de Bagan, no Myanmar (Foto: Corto Maltese/Flickr)

Em contraste, Myanmar, a antiga Bismânia, vive há mais de 50 anos sob forte regime militar e por isso é um dos países mais restritos, porém, a obtenção do visto pode ser solicitada ainda no Brasil, permitindo que o viajante embarque já com tudo acertado. Devido a esse controle, o local quase não tem influência ocidental e ainda é enxergado por muitos como um dos destinos mais misteriosos do mundo. Aproveite-o para conversar com os monges e conhecer suas rotinas e cultura. A herança comunista é uma das características de Laos, que passou a ser explorada pelos turistas após cerca de 20 anos de isolamento. Trata-se de um dos países menos desenvolvido do Sudeste Asiático e onde os ocidentais ainda são vistos com alguma estranheza, chegando a provocar choro em crianças pequenas, segundo relatos de quem já esteve por lá. Ali, o forte é apreciar a arquitetura colonial e os imensos arrozais que transformam a paisagem em algo inesquecível. Nas Filipinas, aproveite para deslumbrar também a natureza em lugares como o Lago Kayangan e o Puerto Princesa Underground River.



Lago Kayangan, nas Filipinas (Foto: H. Abanil/Wikipedia)

A gastronomia é outro ponto forte da viagem. Esqueça os espetinhos com insetos divulgados como comidas típicas da Ásia! Essas iguarias costumam ser oferecidas apenas nas regiões turísticas, mas os demais pratos são apreciados até pelos menos corajosos. Geralmente feitos a base de arroz ou macarrão, eles costumam vir acompanhados de muitos vegetais e poucas carnes, além de muita pimenta.


Para os receosos em visitar estes destinos, boas notícias. Além de serem lugares seguros para serem visitados, a maior parte da população dos países do Sudeste Asiático falam em inglês (até em Laos esse idioma é facilmente compreendido por profissionais de turismo).

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