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Jardim Botânico


Jardim Botânico

Um sofisticado ponto turístico da cidade, o Jockey Club Brasileiro é também parte da história cultural e social do Rio de Janeiro. Com arquitetura marcante e um espaço deslumbrante, o terreno que abriga suas instalações é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (IPHAN) e pela Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac). Seu hipódromo, que possui 640 mil m2, é o maior do Brasil e sedia os principais prêmios de corrida do país.


A história do local passa por duas vertentes, formadas por empreendimentos diferentes dedicados ao turfe (corrida de cavalos de raça), que, após uma fervorosa concorrência, decidiram se unir em um único e majestoso clube. Em julho de 1868, o Jockey Club foi fundado, por um grupo de amantes do esporte (dentre eles, Conde de Herzberg e Henrique Lambert) em um evento destinado a prática, realizado no Prado do Engenho Novo. O ato foi assistido por cerca de quatro mil pessoas, dentre elas, D.Pedro II e D.Thereza Cristina. Mas, a instituição, no entanto, ainda não tinha a importância que viria a ter alguns anos depois.


Em agosto de 1885, outra entidade com a mesma finalidade entrava para o cenário carioca, em grande estilo. O Dercy Club realizou seu primeiro evento, com a participação de 82 animais, divididos em nove páreos, que foram acompanhados por cerca de dez mil pessoas. Dentro os convidados também estavam as majestades imperiais da época, D. Pedro II e D. Thereza Cristhina. O prestígio do hipódromo podia ser percebido, não só pela visita dessas ilustres figuras da realeza mas, também, pela origem de seu nome, igualmente magistral. O local havia sido batizado dessa forma em homenagem a Condessa de Itamaraty, antiga dona do terreno (onde hoje está situado o famoso estádio Maracanã). Extremamente moderno para os padrões da época (utilizando-se de marcadores eletrônicos para cronometrar o tempo exato das corridas, por exemplo), a referida instituição despontou como destaque na área.


Alguns anos depois, entretanto, a soberania do Dercy ficaria abalada por uma concorrência de peso. Em 1919, o Jockey Club começou a estudar a possibilidade de construir um novo hipódromo, para sediar suas competições. O interesse maior estava voltado para um terreno de propriedade do Município do Rio de Janeiro, localizado em frente ao Jardim Botânico. As negociações demoraram um pouco e apenas em julho de 1922 foi assinada a escritura da permuta. As terras do sítio da Lagoa Rodrigo de Freitas foram repassados ao clube que, por sua vez, transferiu grande parte de seu antigo terreno para a Prefeitura. O projeto arquitetônico do local ficou a cargo do francês André Raimbert e custou cerca de 15 mil francos. A inauguração aconteceu quatro anos depois, em julho de 1926.


Sabendo da importância de ambos os clubes, as diretoria das duas instituições firmaram um acordo estabelecendo que as corridas deveriam ser feitas em dias alternados, para que nenhuma das duas fossem prejudicadas. Entretanto, devido a problemas financeiros, o Jockey Club decidiu quebrar o combinado e passou a oferecer competições todos os domingos. A partir daí, os dois começaram a competir e a preferência dos turfistas pela gávea ficou explícita. Após alguns embates e discussões, em 1932, os clubes decidiram se unir, dando origem ao Jockey Club Brasileiro, sob direção de Linneu de Paula Machado.


As décadas seguintes foram de glórias para o cenário hípico brasileiro, que já apresentava o clube como principal atração. Durante esse período, além do desenvolvimento acelerado da prática do Turfe como esporte, a criação de cavalos de raça se multiplicou. O contexto favoreceu o sucesso da sociedade e o clube se tornou um dos marcos da cidade.


Atualmente a fama do local ultrapassou as barreiras geográficas nacionais e o ambiente passou a ser reconhecido mundialmente como referência dentro do ramo. Suas instalações sediam as mais importantes competições de hipismo, nacionais e internacionais, e recebem visitantes de variados lugares, que ficam encantados com infra estrutura e a beleza do espaço. Dentre as dependências do clube estão campos e quadras esportivas, parque aquático, teatro, cinema, vila hípica, hospital veterinário e escolas profissionalizantes.


Fontes:

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