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Equipe Carlson Grace vence Copa Carlson Grace de jiu jitsu


(Foto: Divulgação)

A equipe Carlson Grace foi a campeã da Copa Carlson Grace, promovida pela Federação de Jiu Jitsu do Estado do Rio de Janeiro (FJJRio). O grupo, que treina em Copacabana, venceu o torneio após um período dificudades devido à pandemia e comemora o aumento da procura de interessados em praticar o esporte.


“Foi um momento muito difícil para a equipe porque muito do jiu jitsu exige contato direto entre as pessoas. Foi complicado não só aqui no Brasil, mas em todos os lugares. Há pessoas praticando em todos os continentes”, lembra o mestre Ari Galo, explicando como se deu a retomada: “Iniciamos, com a distância permitida. Primeiro, fizemos exercícios físicos sem contato e depois, isso foi voltando aos poucos. O jiu jitsu não envolve só a parte corporal, mas também a parte de defesa pessoal. Há exercícios que podem ser feitos sozinhos. Depois, com as pessoas vacinadas com as duas doses, começamos a permitir o contato, mas sempre de máscara. Nos campeonatos, principalmente nos das federações, é preciso apresentar comprovante de vacinação”. Por causa das restrições, o evento, realizado no Velódromo do Rio no fim de semana de 14 e 15 de agosto, foi diferente dos anteriores: “Alguns atletas tiveram só duas ou três lutas. Normalmente, num campeonato desses, cada um faz cinco ou seis para chegar ao número 1 do pódio”. O público também foi limitado ao representante de cada equipe.


Apesar do sucesso, a equipe não pôde parar para descansar após a vitória, já que, cinco dias depois, outro campeonato importante também seria disputado: o Sulamericano, no qual o grupo ficou em segundo na classificação geral. “Alguns atletas lutaram, mas nossa maior dificuldade é pagar as inscrições de cada competição. Às vezes, fica um pouco pesado. Atualmente, elas acontecem em todos os fins de semana, no Rio e em São Paulo”, aponta, mencionando que o grupo seleciona apenas os torneios que possam dar visibilidade aos lutadores e os ajudares a obter patrocínio. “Os que têm condições pagam de seus próprios bolsos, mas muita gente quer competir e não tem como pagar. A gente não tem apoio. Geralmente, faço uma rifa de quimonos e camisetas. Além disso, toda academia tem os que só treinam por hobby. Chego para eles e falo: ‘você treina para manter a saúde, mas não tem como ajudar com R$20 ou R$30 a mais?’. Às vezes, a gente capta R$400, R$500 e já dá para levar uns cinco atletas para lutar”


A academia é situada na Ladeira dos Tabajaras e a proximidade com as comunidades levou Ari a desenvolver um projeto social, no passado, mas a ideia não foi para frente. Ainda assim, ele tenta oferecer mensalidades simbólicas aos participantes infantis a fim de atrai-los ao esporte: “Temos muito a oferecer às crianças. O impacto é muito grande! O esporte é uma forma de botá-las no meio de pessoas boas, que se alimentam bem e só estão vivendo coisas boas. Isso as projeta para uma situação melhor. Não é só uma questão de saúde. Futuramente, pode virar uma profissão”. Ainda que o jiu jitsu não seja um esporte olímpico, os jogos de Tóquio atraíram muitos interessados, mas Ari observa que a situação de saúde ainda afasta muitos possíveis atletas do tatame: “Muita gente ainda está com medo, o que é natural. A gente faz propaganda, posta, até convida para vieram fazer aula experimental, mas muitos dizem que voltarão apenas quando tomarem a segunda dose. Muitos têm mães idosas e estão esperando para retornarem. Quando isso acontecer, estarei aguardando todos com carinho. É importante fazer exercício físico’, finaliza.

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