(publicada na edição 435)
O Jalapão é um dos destinos nacionais mais falados nos últimos tempos. Até recentemente explorado apenas por aventureiros, o local tem atraído cada vez mais amantes do ecoturismo que voltam encantados com as paisagens repletas de dunas laranjas, rios com cachoeiras de águas cristalinas e piscinas naturais verdes-esmeralda, formações rochosas encantadoras e muitas chapadas e serras.
A maioria dos visitantes pernoita em Palmas e apesar da capital do Tocantins não ser um dos lugares mais visitados pelos turistas, a cidade também possui atrativos como praias de água doce e espaços muito agradáveis para relaxar como a Praça dos Girassóis, a segunda maior do mundo. De lá até Ponte Altas do Tocantins, a entrada ao Jalapão, são 300km. Geralmente, um dos primeiros passeios feitos pelos visitantes é o Cânion de Sussuapara, uma fenda com 25 metros de profundidade. Esses paredões impedem que o sol chegue à parte baixa, fazendo dela um oásis fresco mesmo nos dias mais quentes.
Outro lugar imperdível é o Poço do Fervedouro. Trata-se de uma lagoa pequena (a capacidade dela é de seis pessoas por vez, mas enquanto parte do grupo se banha nela, a outra pode se refrescar em um rio próximo) onde é impossível afundar devido à densidade de sua água. Saindo de lá, que tal conhecer uma das belíssimas cachoeiras da região? A da Formiga deságua em uma piscina natural deliciosa para nadar ou apenas relaxar. O banho também é muito convidativo na praia do Rio Novo, um dos últimos com água potável no mundo. No entanto, muitos dos viajantes preferem conhecê-lo de outra forma: fazendo canoagem. Há trechos com diversos níveis de dificuldade; mesmo para os iniciantes há pedaços calmos, onde o foco é curtir a paisagem no entorno. O rio também pode ser conhecido na Cachoeira da Velha, a maior queda d'água do Jalapão, com 20m de altura. Diferente do outro pedaço, ali o rio corre com muita força e o banho é desaconselhado.
As dunas são outro ponto turístico muito cobiçado. Alcançando até 40m e formadas de areias em tons de laranja e dourado, elas são visitadas ou de manhã bem cedo ou ao entardecer. Nos outros horários, as altas temperaturas impossibilitam a caminhada. A maioria dos grupos chega para assistir ao pôr do sol – o espetáculo é imperdível – mas continuar ali à noite para ver as estrelas também é inesquecível devido à ausência de lugares iluminados no entorno. O processo de formação dessas dunas pode ser conferido do alto do Mirante da Serra, acessado por uma trilha com trechos íngremes – porém, a maior parte do caminho é plano. Do cume, pode-se ter uma visão panorâmica do Jalapão.
O artesanato local também deve ser apreciado na visita à área. Um dos principais lugares para fazer isso é em Mateiros, na vila Mumbuca. Foi nela que surgiu a prática de produzir peças com capim dourado e por isso, não há lugar melhor para essas compras que lá.
Após alguns dias no Jalapão, os visitantes voltam para suas casas relaxados. Essa viagem é uma experiência única na vida de muitas pessoas e costuma ser aproveitada intensamente, já que a região não tem antenas de celular e por isso, o aparelho deixa de ser uma distração. A maior parte do parque sequer tem energia elétrica (esse luxo costuma ser restritos às hospedagens). Por isso, é indicado contratar uma agência, já que o turismo por conta própria pode ser bastante complicado. Procure os anunciantes do Jornal Posto Seis para mais informações!
Comments