(publicada na edição 516)
Paris é um sonho de muitos brasileiros, que mal podem esperar para conhecer a Torre Eiffel. Já se imaginou ali? Ou visitando a imponente e quase milenar Catedral de Notre Dame? Prepare já suas malas e embarque com esse roteiro preparado para quem deseja conferir de perto os cartões-postais da Cidade Luz.
Saindo do Brasil, a principal porta de entrada é o Aeroporto Charles de Gaulle, que, apesar de um pouco distante, disponibiliza um trem (identificado pela sigla RER). Embarcando nele e descendo em Gare Du Nord, chega-se ao metrô, cuja extensa rede atinge quase toda a zona turística. Provavelmente sua hospedagem é perto de uma, assim como os atrativos.
O Arco do Triunfo é cercado delas. A primeira visão do monumento impressiona: com 50m de altura, 45m de largura e 22 de profundidade, ele é maior até que o Cristo Redentor (incluindo a metragem de seu pedestal). Inaugurado para comemorar as vitórias militares de Napoleão Bonaparte, é o principal símbolo do patriotismo francês. Em seu topo, há um mirante no qual os turistas podem subir e contemplar a bela paisagem. É indicada a compra antecipada de ingressos (através de www.paris-arc-de-triomphe.f) para evitar filas.
Apesar da beleza do local, é a vista da Torre Eiffel que atrai o interesse da maioria. Ela deixa os visitantes em um dos lados dela e, para subir, é necessário circulá-la e entrar pelo outro. Assim como o Arco do Triunfo, também é sugerido adquirir as entradas previamente em www.toureiffel.paris. O acesso pode ser de elevador ou de escada e o visitante também pode escolher se deseja conhecer apenas um dos pavimentos ou se quer ir até o topo. O mais baixo deles é o mais popular e também mais cheio, mas por ser mais amplo, camufla a multidão que está ali. Não é preciso grande esforço para conseguir um espacinho na grade para apreciar a bela vista e para bater fotos. Já do topo (de onde pode-se ver o Arco do Triunfo e a Catedral de Notre Dame, tampado por prédios na parte baixa), a concentração de turistas pode atrapalhar a visão.
Também perto de lá fica o Museu do Louvre. Dedique, pelo menos, um dia inteiro a ele, já que há muito o que visitar. Seu acervo possui mais de 300 mil peças e pouco mais de 10% é exposto dentre pinturas, gravuras, desenhos e esculturas, além de peças decorativas, de diversas culturas. Os artistas franceses são maioria, mas o público também pode contemplar produções egípcias, gregas, romanas, estruscas, islâmicas, assírias e muito mais. Dentre o que pode ser vistro, estão a Vênus de Milo e Monalisa – a sala com esta tela é a mais cheia do museu, o que frustra muitos turistas, mas esperar visitá-la perto do fechamento da instituição nos dias em que o horário é estendido até às 21h45m pode resultar em uma experiência melhor. Como o número de turistas é muito menor nesse momento, o recinto tende a ser mais vazio.
Apesar da fama do Louvre, Paris possui muitos outros museus que também merecem ser visitados como o d’Orsay, com grande acervo de pinturas de nomes como Monet, Cézane, Renoir e Gauguin, além de numerosas esculturas. Atravessando o Rio Sena, chega-se ao l’Orangerie, que também possui muitas obras de Monet. Para os amantes de arte contemporânea, o Centro Georges Pompidou é imperdível: há quem o compare ao MoMa, de Nova Iorque, ou ao Tate Museum, de Londres. Este fica fora dos limites de Paris, mas é facilmente acessível por trem.
Seguindo por mais 45 minutos, chega-se ao luxuoso Palácio de Versalhes, um castelo ocupado por diversos monarcas até a Revolução Francesa e também sede do governo do país, no passado. Dentre os aposentos visitados, estão os do Rei e da Rainha e a impressionante sala dos espelhos, onde foi assinado o Tratado de Versalhes (que pôs fim à Primeira Guerra Mundial). Os jardins também merecem atenção e são uma atração à parte (e, para muitos, é a parte mais agradável do passeio- tire o dia para relaxar nele), assim como as residências pertencentes à Maria Antonieta (a mesma que foi para a guilhotina)
De volta a Paris, a Catedral de Notre Dame, mesmo após o incêndio que destruiu parcialmente o prédio e que inviabilizou as visitas, segue atraindo atenções. Atualmente, é possível vislumbrar, a distância, apenas sua fachada quase milenar. Após conhecê-la, caso queira continuar pela região, uma opção é caminhar pelos belíssimos Jardins de Luxemburgo, um dos locais mais populares da cidade. A poucos metros ao sul ficam as catacumbas parisienses, nos túneis subterrâneos da cidade. Estima-se que ossos de 5 a 7 milhões de pessoas decorem os caminhos, fazendo deles um passeio igualmente macabro e bonito.
O bairro de Monmartre também merece uma visita. O principal cartão-postal é a Basílica de Sacre Coeur, de onde pode-se apreciar uma bela vista da cidade, já que fica no ponto mais alto de Paris (apenas a Torre Eiffel é mais alta que sua cúpula). A visita ao interior é gratuita e não desaponta: sua decoração é lindíssima. O passeio agrada todos os públicos, mas em Monmartre, o sagrado e o profano se encontram: caminhando por cerca de 15 minutos, chega-se ao Moulin Rouge, o cabaré mais famoso do mundo. Não vá embora sem, pelo menos, bater foto em sua icônica fachada, com um enorme moinho vermelho. O bairro também é famoso pelo seu lado artístico: se, no passado, foi residência de Monet, Picasso, Renoir, Dali e tantos outros, hoje recebe inúmeros outros na Place Du Tertre, ajudando a imortalizar essa vertente da área.
Há muito mais para conhecer em Paris e em cidades próximas, além de outras regiões da França. Ficou interessado em conhecer? Agende já sua viagem com algum anunciante do Jorna Posto Seis.
Comments